Texto desenvolvido pela assessoria do Vereador Lucas Giareta
Que o Brasil vive uma realidade política muito diferente do que se viveu nos últimos anos, isto não se pode negar. Pode-se olhar por muitos prismas a nossa atual conjectura política e tentar atribuir muitas razões para as causas e os efeitos para aquilo que o brasileiro sente diariamente na pele.
A República Brasileira, assim como o resto de toda a humanidade, veio a conhecer e se beneficiar do empenho e das mentes brilhantes de muitos que apostaram nas suas ideias quando tudo parecia somente opinião errante ecoando pelos vales da solidão. Diziam que nunca dariam certo, mas porque acreditaram é que hoje colhemos os frutos da luz radiante da esperança destes homens em seus ideais.
A revolução digital dos últimos 50 anos acelerou e alterou o modo como a notícia e os fatos chegavam até as pessoas. No café da manhã basta um clique e você tem as principais notícias que despertaram o mundo. Um toque na tela e abre-se um mundo de informações nunca pensado por Gutenberg, inventor da imprensa.
O que existe, na verdade, é poder de conectividade tão violenta entre as pessoas que pode ser diariamente percebida na dinâmica de nossas vidas do abrir ao descansar os olhos. Na Era Digital, onde você tem acesso a literalmente tudo na palma da sua mão, a pergunta que fica é: o que ainda falta se adaptar e ingressar de uma vez por todas no mundo virtual? É estranho perguntar algo que parece ser o destino de todas as coisas, mas será que ainda existe alguma coisa de fora e que não acompanhou a tal revolução digital?
Se você pensou em Política, você acertou.
Além de estranho, é muito suspeito as razões pelas quais ainda não exista uma plataforma institucionalizada que possibilite esta integração de participação da sociedade civil entre os políticos de nossa cidade.
Não é segredo para ninguém, mas digo isto porque o político é a melhor caricatura daquele sujeito que gosta de controlar, mas odeia ser controlado. Com a exceção de algumas boas surpresas, ainda se tem a figura do velho senhor que se senta em sua cadeira, aponta para os jovens de hoje e os critica porque estão fazendo muito barulho querendo mudar alguma coisa “que sempre foi assim”. Ele ama opinar, mas odeia ouvir. Adora as rédeas, mas sempre para os outros. Adora acompanhar de perto, no pé da orelha, por detrás dos ombros, mas odeia que o fiscalizem e cobrem de sua Excelentíssima Pessoa o que é do seu dever e papel cumprir.
Foi pensando nesta figura política nociva para a democracia que odeia o controle social que pensamos numa ferramenta que estará nas mãos de cada irmão de pátria que deseje exercer o seu papel de cidadão garantido pela sua Carta Maior e que está cansado de ser apenas ouvido, mas quer – antes de tudo – ser respondido.
Em plena Era Digital, por que não existe uma plataforma ou aplicativo institucional de interface limpa e intuitiva que conecte de forma clara as pautas em trâmite no Legislativo aos cidadãos? Afinal de contas, temos ou não temos o direito de saber o que acontece em nossa própria Casa com o nosso dinheiro? Está sobrando muito medo ou faltando muita vontade para que os Poderes comecem a mostrar ao seu povo o que fazem em nossa Casa.
(Esta postagem faz parte da atividade intitulada "Vereador por um dia" no qual acadêmicos simulam o processo de proposição, discussão e votação de propostas legislativas. Para mais informações clique aqui).
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